Do latim tempus, a palavra tempo é a grandeza física que permite medir a duração ou a separação das coisas mutáveis/sujeitas a alterações (ou seja, o período decorrido entre o estado do sistema quando este apresentava um determinado estado e o momento em que esse dito estado registra uma variação perceptível para o observador).
E desde que o ser humano decidiu medir o tempo, ele entrou numa batalha para estar à tempo, ou seja, controlar essa coisa que ele inventou.
"O tempo não existe. O homem inventou o tempo e o relógio para medir uma coisa que não existe."
Oswald WendelEm Física, o tempo é uma grandeza fundamental, uma das grandezas de base do SI (Sistema Internacional de Unidades) e muitas outras são dele derivadas. Trata-se de um conceito que ocupa a mente dos pensadores (filósofos, cientistas, artistas...) desde as mais remotas eras.
A sua natureza tem sido, por vezes, entendida como linear ou cíclica, como contínua ou descontínua, como reversível ou como irreversível.
Viagem no tempo se refere ao conceito de mover-se para trás e/ou para frente através de pontos diferentes no tempo em um modo análogo à mobilidade pelo espaço.
A possibilidade real de uma viagem no tempo é, hoje em dia, praticamente nula do ponto de vista prático, devido ao fato de que as partes responsáveis pela descoberta de meios para se efetuar uma viagem temporal não terem conseguido ainda produzir a tecnologia capaz de possibilitar (ou resistir) a viagem.
Atualmente, os físicos estão convencidos de que as viagens no tempo são muito improváveis. Esta crença é o resultado da aplicação da Navalha de Occam. Qualquer teoria que permita viagens no tempo teria que resolver os problemas relacionados com causalidade, e na ausência de provas experimentais que demostrem que as viagens do tempo são possíveis, é mais simples, do ponto de vista teórico, supor que não são.
A Navalha de Occam ou Navalha de Ockham é um princípio lógico atribuído ao lógico e frade franciscano inglês Guilherme de Ockham.
O princípio afirma que a explicação para qualquer fenómeno deve assumir apenas as premissas estritamente necessárias à explicação do mesmo e eliminar todas as que não causariam qualquer diferença aparente nas predições da hipótese ou teoria. O princípio é frequentemente designado pela expressão latina Lex Parsimoniae (Lei da Parcimónia) enunciada como:"entia non sunt multiplicanda praeter necessitatem" (as entidades não devem ser multiplicadas além da necessidade).
Contudo, só por que a viagem não é "possível", não quer dizer que ela não pode ser envisionada. E vários artistas e escritores já fizeram uso de viajantes do tempo em suas obras de ficção.
O mais famoso autor de obras sobre o tema é H. G. Wells, em seu livro "A Maquina do Tempo". Nele ele imagina um futuro onde a humanidade foi dividida entre seus dois extremos, o pacífico e utópico e o violento e bárbaro.
O seriado britânico Dr. Who utiliza a viagem no tempo como tema central, onde o protagonista e um companheiro viajam na maquina TARDIS, e onde paradoxos são explicados como o tempo ser algo "wibbly wobbly… time-y wimey… stuff".
Outros filmes, como "Meia Noite em Paris" de Woody Allen trabalham o conceito de nostalgia, se utilizando da viagem no tempo de forma lúdica para expressar a necessidade de nos retermos no presente, e não ficarmos sonhando com o passado.
Por fim, temos o clássico "Feitiço do Tempo", que trabalha a viagem no tempo como uma prisão, e utiliza a repetição de eventos como uma jornada catártica para o protagonista.