Não que a marca seja algo recente. Ela existiu de uma forma ou outra por muitos anos, nomeada por marcar (ou brand, em inglês) seus animais com sua "marca".
Contudo, o conceito de "branding" recentemente tomou um sentido maior.
Branding (em português Gestão de Marcas). 'BRAND' é uma coleção de imagens e ideias que representam um produtor econômico; para ser mais específico, refere-se aos atributos descritivos verbais e símbolos concretos, como o nome, logo, slogan e identidade visual que representam a essência de uma empresa, produto ou serviço.
Todavia, apesar de estarem atrelados à produtos, ou conjurados por representações visuais, marcas representam algo....MAIOR.
Elas se tornaram uma mistura de personalidade, design e propósito. E apesar de ser um conceito abstrato, uma brand é valiosa. Inclusive, pode ser a parte mais importante de uma empresa ou entidade.
É como se a marca fosse uma junção entre Reputação + Persona....
Empresas, produtos e até pessoas levam sua marca muito à sério. Pense num ator como Bill Murray, ou o comediante Steven Colbert. Ambos tem marcas poderosas à zelar. Beyonce, talvez tenha a melhor "marca pessoal" de todas.
Contudo, como marcas funcionam em nossa sociedade? O que elas fazem? Sim, elas ajudam a vender coisas, e guiar nossas expectativas e processos de decisão, e em muitas situações, até ajudam a nos construir como indivíduos.
Marcas nos ajudam a projetar certos aspectos de nossa personalidade para o exterior, e ajudam a nos atrair para certos produtos, que estão alinhados com nosso senso de eu.
Marcas são como mitos.
Mitos são histórias sobre jornadas, heróis, aventuras fantásticas. Eles não são baseados em nada concreto ou verdadeiro, mas são relacionados com lições e significados importantes ou representativos para a sociedade.
Como já falei em outro post, existe o conceito do monomito, que unifica todas as jornadas como uma história única e simbólica da humanidade. O Mito é uma história que contamos para entender melhor o mundo e à nós mesmos.
Roland Barthes, escritor e sociólogo francês discursou sobre mitos. Ele diz que tudo pode ser um mito, apesar da maioria das coisas não ser. Segundo ele, mitos não são as histórias, e sim a forma como as contamos. Para ele, um mito não é conteúdo, e sim, forma.
Portanto, as coisas e histórias, para se tornarem mitos, passam pelo filtro social. Elas deixam de existir como entidade e passam a existir como idéia.
Marcas são da mesma forma. Disney, Mc Donalds, BIC, Apple, todos existem não apenas como produtos, serviços e empresas, e se tornam algo maior.
Como mitos, marcas existem como algo maior que conteúdo. Eles são representativos de nossa cultura, codificando nossa existência e traduzindo nossas personas.