Na internet muitas vezes acabamos entrando em discussões com outros usuários, seja em redes sociais, ou fórums, sobre assuntos dos mais diversos.
Eu estou constantemente me envolvendo em brigas ideológicas no Facebook com estranhos, sempre que percebo absurdos lógicos sendo cometidos. Ultimamente, estou tentando me conter, evitando entrar em debates, pois percebi uma coisa: A internet é um lugar horrível, habitado pelos piores tipos de seres humanos. Sério, quer perder a fé na humanidade, leia os comentários em QUALQUER matéria online.
O anonimato permitido pelo meio digital parece servir como um "off-switch" para a ação do super-ego dos usuários. Quando na internet, pessoas se sentem livres para expressar certos sentimentos que normalmente seriam reprimidos.
Esse meio, portanto, não é muito condizente a um debate construtivo.
Mike Godwin, um advogado americano, ao observar discussões online, formulou uma lei, conhecida como "Lei de Godwin", ou, "A Regra das analogias nazistas de Godwin".
Segundo ela, "À medida em que cresce uma discussão online, a probabilidade de surgir uma comparação envolvendo Adolf Hitler ou o nazismo aproxima-se de 1 (100%)".
Há uma tradição em listas de discussões e fóruns segundo a qual, se tal comparação é feita, é porque quem mencionou Hitler ou os nazistas ficou sem argumentos. Portanto, considera-se que perdeu a discussão quem usou essa comparação num argumento.
Outras falácias comuns encontradas na internet são:
a) Espantalho
Desvirtuar um argumento para torná-lo mais fácil de atacar.Ao exagerar, desvirtuar ou simplesmente inventar um argumento de alguém, fica bem mais fácil apresentar a sua posição como razoável ou válida.
b) Causa Falsa
Supor que uma relação real, ou percebida, entre duas coisas significa que são "causa e efeito"."Cum hoc ergo propter hoc" (com isto, logo por causa disto), na qual alguém supõe que, pelo fato de duas coisas estarem acontecendo juntas, uma é a causa da outra.
c) Apelo à emoção
Manipular uma resposta emocional no lugar de um argumento válido ou convincente.Apelos à emoção são relacionados a medo, inveja, ódio, pena, orgulho, entre outros.
Exemplo: Lucas não queria comer o seu prato de cérebro de ovelha com fígado picado, mas seu pai o lembrou de todas as crianças famintas de algum país de terceiro mundo que não tinham a sorte de ter qualquer tipo de comida.
d) A falácia da falácia
Supor que uma afirmação está necessariamente errada só porque ela não foi bem construída ou porque uma falácia foi cometida.O canal de You Tube Idea Channel fez uma série de vídeos sobre falácias, essas e outras. Vale a pena dar uma olhada para se policiar, e também por que o canal é incrível!
Eu sei que eu mesmo cometo muitas falácias argumentativas, e isso apenas limita nossa forma de discursar e o apelo ao nosso ponto de vista, por mais certo que estejamos.